quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ponte Preta foi soberana contra o São Paulo e chegou à inédita final da Copa Sul-Americana

Dona do menor orçamento da elite do futebol brasileiro, a Ponte Preta fez história ao eliminar o rico São Paulo e chegar à inédita final da Copa Sul-Americana. O time campineiro manteve o sonho da conquista ao empatar em 1 a 1, em Mogi Mirim. Na ida, no Morumbi, a Macaca havia adquirido uma enorme vantagem com uma surpreendente vitória por 3 a 1.



A Ponte Preta, que ao longo dos 113 anos de história jamais teve uma conquista relevante, foi superior ao Tricolor nos dois jogos da semifinal. Mesmo sendo inferior tecnicamente, a equipe conseguiu se superar com muita raça e ousadia. Soube explorar os pontos fracos do gigante adversário, que tem no currículo três títulos da Copa Libertadores e três Mundiais de Clubes.

Destaco as ótimas exibições do goleiro Roberto, dos laterais Artur e Uendel, do volante Baraka e do atacante Leonardo, que marcou dois gols nos confrontos. Belo trabalho do técnico Jorginho. Uma pena que os campineiros serão rebaixados à série B do Campeonato Brasileiro. Mas mesmo assim, o torcedor ponte-pretano tem que estar orgulhoso da façanha de sua equipe logo em seu primeiro torneio internacional.

Agora que venha Lanús ou Libertad na grande decisão. Vai, Ponte!

DECEPÇÃO

A surpresa negativa foi o fraco futebol apresentado pelo São Paulo nos dois jogos. A impressão é que os jogadores achavam que poderiam superar o adversário a qualquer momento. A soberba são paulina foi castigada com a justa eliminação. E foi um duro golpe na diretoria do clube que conseguiu vetar o Moisés Lucarelli para o jogo de volta. A casa ponte-pretana não comporta os 20 mil lugares exigidos pela entidade que controla o futebol sul-americano. Com isso, o clube de Campinas teve que mandar a partida no estádio Romildo Gomes, na vizinha Mogi Mirim. Mesmo assim, a Macaca não decepcionou seus torcedores.


domingo, 24 de novembro de 2013

Adeus ano velho! Feliz Ano Novo, Corinthians!

Acompanhar os jogos do Corinthians nesse segundo semestre de 2013 tem sido agoniante para a imprensa esportiva e principalmente para o torcedor alvinegro, que ficou mal acostumado após tantas conquistas nos últimos anos. O desempenho da equipe no Campeonato Brasileiro é muito fraco. O Timão não possui chances matemáticas de buscar a vaga na Copa Libertadores de 2014 e nem riscos de queda à série B.



Desmotivados, os jogadores corintianos não estão se esforçando muito nesse final de temporada. Na derrota para o Flamengo (1 a 0), no último domingo, a apatia foi enorme. O Corinthians novamente adotou estratégia cautelosa diante de um adversário, que também não aspira mais nada no campeonato. A equipe levou o gol da derrota na metade do primeiro tempo e só foi esboçar reação nos minutos finais da partida. A única chance clara de gol veio apenas aos 45 minutos do segundo tempo. Emerson Sheik, livre de marcação, obrigou Felipe a fazer grande defesa. Muito pouco para o atual campeão mundial...

Os números do Timão comprovam a má campanha no Brasileirão: 11 vitórias em 36 jogos e o segundo pior ataque da competição: 27 gols, estatística superior apenas ao lanterna e já rebaixado Náutico.

Com apenas duas rodadas para o final do Brasileirão - para alívio do torcedor e desse jornalista - o Corinthians deveria intensificar o planejamento para 2014 e rever os erros para que eles não voltem a ser repetidos.

Tite, o técnico mais vencedor da história do clube, não terá o contrato renovado. Creio que a decisão da diretoria foi acertada. O treinador perdeu o comando sob seus atletas e não conseguiu criar alternativas para o time voltar a atuar em alto nível. Embora a diretoria não confirme, Mano Menezes deverá ser o substituto. Entendo que essa possível decisão não seria uma boa para o Timão. Depois de deixar o Parque São Jorge em agosto de 2010, Mano acumulou passagens mal sucedidas pela Seleção Brasileira e pelo Flamengo, onde abandonou o barco com o time em situação delicada na tabela do Campeonato Brasileiro.

Além disso, Mano Menezes é empresariado por Carlos Leite, que tem como clientes vários jogadores brasileiros. Mano costuma dar preferência a jogadores agenciados por ele. Quem não se lembra do ano de 2009, quando o treinador vetou a permanência do atacante Herrera, que vinha muito bem no clube, e pediu a contratação do fraco Souza, atleta agenciado por Carlos?? Até então no grego Panathinaikos, o atacante custou 7 milhões de reais aos cofres corintianos. O alvinegro não conseguiu recuperar o investimento e emprestou o centroavante para vários clubes até o encerramento do vínculo.

Penso que a diretoria deveria apostar num nome da nova geração como Cristóvão Borges, do Bahia e Enderson Moreira, que realiza ótimo trabalho no Goiás.

Para voltar a brigar por conquistas, o Corinthians precisa reformular o elenco. O time possui carências nas laterais, no meio de campo e no ataque.

O lateral-direito Alessandro convive com sérias lesões musculares e a tendência é que pendure as chuteiras ainda em 2013. Edenílson é volante de origem e tem sido improvisado no setor, porém apresenta dificuldade na marcação e possui índice muito grande de passes errados.

Pelo lado-esquerdo, o veterano Fábio Santos é outro com histórico de lesões musculares. Seu reserva imediato, o jovem Igor possui deficiência gritantes. Tem dificuldades em dominar a bola e apoia muito mal o ataque.

Um dos maiores problemas alvinegros é a ausência de criatividade no meio de campo. Os medalhões Danilo e Douglas não rendem mais como em tempos passados. O primeiro caiu vertiginosamente de rendimento no segundo semestre e não é nem sombra daquele jogador decisivo para os títulos recentes. A esperança era para ser Renato Augusto, porém o ex-flamenguista conviveu com muitas lesões e ainda não conseguiu recuperar a melhor forma física. Será que em 2014, o camisa 8 vai vingar? É o que o torcedor espera...

O ataque é outro setor que merece maiores cuidados por parte da diretoria. Emerson Sheik e Romarinho, atletas mais utilizados por Tite, possuem números horríveis no Brasileirão. O primeiro fez apenas dois gols e o segundo foi apenas uma vez às redes adversárias. O badalado Alexandre Pato é o artilheiro com nove gols, mas ainda está longe de justificar os 40 milhões investidos no seu futebol. Hoje é reserva de Tite e tem pouco prestígio no clube.

Se os cartolas alvinegros não se mexerem serão grandes as chances de o Corinthians ter um 2014 decepcionante..





sábado, 23 de novembro de 2013

Diego Tardelli é o grande craque do futebol brasileiro em 2013. Sua ausência na seleção de Felipão é um mistério

Hoje não consigo ver um jogador no futebol brasileiro que seja superior ao atacante Diego Tardelli, do Atlético-MG.

                                          crédito foto: site oficial do Atlético-MG

Depois de uma temporada no futebol do Catar em 2012, o artilheiro retornou ao Galo em fevereiro desse ano e logo se tornou um dos pilares da equipe de Cuca. Fez uma Copa Libertadores sensacional, sempre crescendo nos momentos decisivos e vem fazendo um ótimo Campeonato Brasileiro. No último sábado, Tardelli anotou três gols na goleada do Galo sobre o Goiás (4 a 1), na Arena Independência. A regularidade do jogador em 2013 é impressionante. Ele foi às redes adversárias em 16 oportunidades.

O camisa 9 voltou ao Brasil muito mais maduro. Virou um jogador aplicado taticamente e que consegue render tanto no meio de campo como no ataque. É rápido, tem habilidade e faro de gol.

Chega a ser um absurdo ele não receber oportunidades para a Seleção Brasileira. Preste atenção, Felipão! Tardelli pode ser uma arma importante para a conquista do hexacampeonato mundial em 2014.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ponte cala o Morumbi com grande atuação contra o São Paulo e põe um dos pés na final da Sul-Americana

A zebra, ou melhor a Macaca, passeou pelo Morumbi, na noite dessa quarta-feira. Com muita determinação em campo, a azarão Ponte Preta bateu de virada o favorito São Paulo por 3 a 1 e pode até perder por um gol de diferença na próxima quarta-feira, em Mogi Mirim, para avançar à inédita final da Copa Sul-Americana.

                                                     crédito foto Júnior Lago/UOL

O São Paulo deu a impressão que não teria muitas dificuldades diante da Macaca. A equipe de Muricy Ramalho não demorou a abrir o placar. Logo aos 20 minutos, Diego Saccoman falhou feio e perdeu a bola para Aloísio. O atacante rolou para Paulo Henrique Ganso, que com muita categoria, emendou para a rede de Roberto. Um belo gol. O São Paulo seguiu no ataque e poderia ter ampliado o placar. A defesa da Ponte continuava falhando demais.

Nos minutos finais da etapa inicial, o São Paulo reduziu o ímpeto ofensivo e deixou que a Ponte crescesse no jogo. O castigo veio aos 43 minutos. Uendel foi à linha de fundo, cruzou para o meio da área e Antônio Carlos jogou contra o próprio patrimônio. Os cerca de 3 mil torcedores da Ponte foram à loucura e fizeram mais barulho do que os 50 mil são paulinos presentes do estádio.

A Ponte Preta voltou do intervalo com a faca entre os dentes, marcando a saída de bola adversária e deixando poucos espaços para o São Paulo atacar. A virada veio aos 7. Fernando Bob encheu o pé, Rogério Ceni fez milagre, mas no rebote Leonardo empurrou para o fundo da rede. O segundo gol desestabilizou os são paulinos, que passaram a abusar dos erros de passe e no número de faltas.

Muricy trocou Maicon por Luís Fabiano, porém a troca não surtiu efeito. O golpe de misericórdia veio aos 26 minutos. O lateral Uendel arriscou o chute e contou com o desvio para enganar Rogério Ceni.

Nos minutos finais, com Welliton no lugar de Ademílson, o São Paulo tentou reduzir o prejuízo, porém a heroica Ponte Preta segurou o resultado. O goleiro Roberto fez defesa sensacional em cabeçada de Luis Fabiano. Artur, que teve passagem apagada pelo Palmeiras, salvou gol certo de Welliton. Na sequência, Roberto deixou o campo lesionado para entrada de Edson Bastos, que não precisou sujar o uniforme.

Nem o torcedor mais otimista da Ponte esperava que o time fosse construir uma justa e enorme vantagem em plena casa adversária. Não entendo o motivo da Ponte estar à beira do rebaixamento à série B do Campeonato Brasileiro. Os jogadores estão superando os limites na Sul-Americana. Na fase anterior, eliminaram o forte Vélez Sarsfield, em Buenos Aires e agora estão em vias de eliminar o gigante Tricolor Paulista.

Pelo lado são paulino, bateu aquela tristeza e um pouco de revolta. Se o time quiser seguir na luta pelo bicampeonato da Sul-Americana, não poderá repetir os erros apresentados no Morumbi.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Parabéns ao Cruzeiro pelo tricampeonato brasileiro!

Enfim o torcedor cruzeirense pôde soltar o grito de Tricampeão Brasileiro. A comemoração veio na noite dessa quarta-feira, em Salvador. O time do ótimo técnico Marcelo Oliveira derrotou o Vitória por 3 a 1 e chegou a impressionantes 74 pontos ganhos contra 58 do vice líder Atlético-PR. Ainda restam quatro rodadas para o encerramento da competição e o Cruzeiro tem tudo para inflar os números da melhor campanha da era por pontos corridos. É bom lembrar que a Raposa sacramentou o título no intervalo no Barradão com o anúncio da derrota do Atlético-PR para o Criciúma, em Santa Catarina.



O título foi incontestável. O Cruzeiro sobrou no Campeonato Brasileiro. Sofreu uma pequena oscilação na segunda metade do returno, porém nada que tirasse o brilho dessa grande conquista e causasse maiores preocupações entre jogadores, comissão técnica e torcedores.

A diretoria da Raposa montou um grupo sem estrelas, mas com jogadores bastantes competitivos, casos do zagueiro Dedé, dos meias Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart e dos atacantes Willian e Dagoberto. O técnico Marcelo Oliveira, um dos melhores da nova geração, conseguiu aliar consistência defensiva com ofensividade. Hoje, o Cruzeiro ostenta a incrível marca de 72 gols no Campeonato Brasileiro - a melhor da competição. A defesa celeste foi vazada apenas 30 vezes, tendo números apenas inferiores ao Corinthians (27 gols).

A torcida cruzeirense também foi um grande combustível para o sucesso do time. Sob o apoio do "12º jogador", a Raposa perdeu apenas uma partida, no Mineirão.

Como admirador do futebol, torço para a diretoria mantenha essa base vencedora por um bom tempo. Podem apostar. O Cruzeiro virá ainda mais forte em 2014.

Parabéns torcedor cruzeirense!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

E o processo de elitização no futebol segue a todo vapor no Brasil...

Foi se o tempo em que o povão ia aos estádios brasileiros para assistir ao clube de coração sem gastar muito dinheiro. Infelizmente o panorama mudou no início do século XXI.  O esporte mais badalado do país virou privilégio para poucos. O processo da elitização no futebol se intensificou em 2013, com a inauguração das novas arenas, que serão locais dos jogos da Copa do Mundo de 2014.



Dono da maior torcida do Brasil, o Flamengo é o mais novo clube, que punirá os seus seguidores menos abastados. A diretoria rubro-negra anunciou que o ingresso mais barato para a final da Copa do Brasil no remodelado Maracanã custará absurdos R$ 250,00. O mais caro, R$800. Quem é sócio-torcedor tem um desconto. Mesmo assim, o valor mínimo não é nada modesto: R$ 150,00.

O mais chocante foi ouvir o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, dizer que os preços dos ingressos para a finalíssima não é tão abusivo. Ora bolas! Bandeira deve desconhecer o valor do salário mínimo brasileiro (R$ 678,00) e que a maior parte dos torcedores flamenguistas não ganhe mais do que isso. É bom lembrar que além dos ingressos, o torcedor precisar arcar com o transporte público (longe de ter boa relação entre custo e benefício) e com alimentação no estádio (valor semelhante aos praticados pelas grandes redes de cinema).

A impressão é que estamos na Europa e que essa política de preços das entradas é para uma partida da Liga dos Campeões, o torneio mais badalado e rentável do planeta.

O Procon-RJ cobrou explicações à diretoria do Flamengo sobre o abuso dos preços praticados, porém acredito que em nada adiantará. Aquele torcedor, que ocupava a antiga geral do Maracanã, vai continuar sendo prejudicado e em razão das dificuldades financeiras não poderá ver o seu time de coração numa final de campeonato.

A decisão da diretoria rubro-negra pode ter sido um tiro no pé. O Maracanã pode não receber um grande público e o time ter perdido o seu grande combustível: a apaixonante massa flamenguista...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Grêmio e Botafogo veem a vaga no G-4 ficar ameaçada com os crescimentos de Goiás e Vitória

Chegou a reta decisiva do Campeonato Brasileiro. Qualquer deslize nas últimas cinco rodadas poderá ser fatal para as pretensões de muitas equipes.

O líder Cruzeiro é o único que pode ser dar ao luxo de relaxar um pouco nesse final de campeonato. O time faz campanha exuberante e está matematicamente a três pontos do tricampeonato brasileiro. A euforia já tomou conta dos jogadores cruzeirenses, que comemoraram a conquista antecipada com os torcedores presentes no Mineirão, após a grande vitória sobre o Grêmio (3 a 0), no domingo passado.

A mesma tranquilidade não se aplica a dois tradicionais clubes do Sul e Sudeste do país. Grêmio e Botafogo viviam boas fases nos últimos meses, porém a maré virou e os dois times correm sérios riscos de ficarem de fora da Copa Libertadores em 2014. É verdade que ambos não deixaram o G-4, mas tropeçaram bastante nas últimas semanas e viram Vitória e Goiás chegar como ameaças aos seus objetivos.



O Tricolor Gaúcho não vence há quatro rodadas (dois empates e duas derrotas) e viu um dos pilares da equipe ruir. O sistema defensivo, que vinha ostentando ótimos números, já não é mais o mesmo. Nas derrotas para Coritiba e Cruzeiro, a defesa foi vazada sete vezes. Por outro lado, o rendimento ofensivo continua ruim. O Grêmio passou as últimas três rodadas sem balançar as redes adversárias.

Terceiro colocado com 54 pontos ganhos, o Imortal tem apenas um ponto de diferença sobre o Goiás, quinto colocado. Para o Vitória, sexto colocado, a diferença é um pouco maior - três pontos.

Os gaúchos têm a chance de se recuperarem na tabela diante o Vasco, na próxima quarta-feira, em Porto Alegre.

O Botafogo é outro time que tem oscilado no returno. Sofreu duas derrotas seguidas para Goiás, concorrente na briga pelo G-4, e Internacional, que possui remotas chances de conquistar a vaga na Copa Libertadores-2014. No dia seguinte ao jogo contra o Colorado, dezenas de torcedores botafoguenses foram ao Aeroporto Internacional Tom Jobim hostilizar os atletas. Nem o holandês Seedorf foi poupado dos xingamentos.

O Fogão pode dormir a noite dessa quarta-feira fora do G-4, algo que não acontece desde a quarta rodada. Para isso não acontecer, o Botafogo precisa fazer o dever de casa contra a Portuguesa, no Maracanã. Caso não pontue, precisa torcer por uma derrota do Goiás para a Ponte Preta, no Serra Dourada e para que o Vitória não derrote o Cruzeiro, no Barradão.

Com elencos baratos, Goiás e Vitória, podem ser os azarões na Copa Libertadores 2014. Os dois times vêm fazendo uma campanha muito boa. Os rubro-negros, do técnico Ney Franco, têm a terceira melhor campanha do returno. Na rodada do final de semana, o Vitória foi ao estádio Moisés Lucarelli, em Campinas e com muita autoridade goleou a Ponte Preta (3 a 0). O meia-atacante Marquinhos e o atacante Dinei são os destaques do time baiano.

Os esmeraldinos, de Enderson Moreira, têm a quarta melhor campanha do segundo turno. É importante dizer que o craque do time, o atacante Walter, não disputou as últimas rodadas, devido a uma lesão muscular. Ele está quase pronto para retornar aos gramados e deve ser uma grande arma para o Goiás beliscar a vaga no G-4.

Abram os olhos, Grêmio e Botafogo! Goiás e Vitória estão de olho no G-4!

SEQUÊNCIAS DE GRÊMIO, BOTAFOGO, GOIÁS E VITÓRIA

GRÊMIO: Vasco (casa), Flamengo (casa), Ponte Preta (fora), Goiás (casa) e Portuguesa (fora)
BOTAFOGO: Portuguesa (casa), Atlético-PR (casa), São Paulo (fora), Coritiba (fora) e Criciúma (casa)
GOIÁS: Ponte Preta (casa), Internacional (casa), Atlético-MG (fora), Grêmio (fora) e Santos (casa)
VITÓRIA: Cruzeiro (casa), Santos (casa), Criciúma (fora), Flamengo (casa) e Atlético-MG (fora)




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O cauteloso São Paulo se defende bem em Medellín e avança na Sul-Americana

O Tricolor Paulista confirmou o favoritismo no confronto contra o Atlético Nacional-COL e seguiu na luta pelo bicampeonato da Copa Sul-Americana. Mesmo praticando um futebol sem brilho, a equipe paulista se comportou bem no sistema defensivo e conseguiu segurar um empate sem gols contra os colombianos, em Medellín. No jogo de ida, no Morumbi, o São Paulo havia vencido por 3 a 2 e agora classificado para a semifinal pega a Ponte Preta, que eliminou o Vélez Sarsfield, em Buenos Aires.

                                       crédito foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Novamente sem Ganso, suspenso pela Conmebol, o São Paulo mostrou muitas dificuldades em criar jogadas. O substituto Jadson esteve apático e não repetiu o bom futebol apresentado no jogo anterior. No primeiro tempo, o time finalizou apenas uma vez, sem nenhum perigo ao gol de Armani. Por outro lado, os anfitriões tomaram mais a iniciativa do ataque, mas sem assustar muito Rogério Ceni. O Atlético Nacional insistiu nas jogadas aéreas, que foram neutralizadas por Rodrigo Caio e Antônio Carlos.

No início da etapa final, o Atlético Nacional mostrou maior apetite ofensivo e deu a impressão que poderia complicar as coisas para o lado são paulino. Aos 4, o lateral Medina arriscou de longe e Rogério Ceni, como um líbero de vôlei, defendeu de manchete. Aos 9, o atacante Duque, o atleta mais perigoso dos colombianos, recebeu cruzamento e mandou de voleio por cima do travessão. Preocupado com o fraco rendimento do São Paulo, Muricy Ramalho sacou os inoperantes Luis Fabiano (5 minutos) e Jadson (15 minutos) para as entradas do atacante Ademilson e do volante Wellington.

As trocas não surtiram tanto efeito e o São Paulo não teve vergonha em jogar com o regulamento debaixo do braço até o apito final. O Atlético Nacional tentou o gol da classificação, mas esbarrou em suas limitações técnicas. Nos minutos finais voltou a abusar dos chuveirinhos.

Pitacos

*** Destaco a boa atuação do sistema defensivo são paulino. Apesar de um início vacilante com erros na saída de bola, o setor mostrou segurança na sequência da partida. Os raçudos Rodrigo Caio, Paulo Miranda e Douglas foram fundamentais para a classificação com inúmeros desarmes e bom posicionamento nas jogadas aéreas do Atlético.

*** Assim como na ida, no Morumbi, Luis Fabiano iniciou como titular e foi muito mal. Mal fisicamente, o centroavante teve imensas dificuldades em dominar a bola e não deu nenhum chute a gol. No início do segundo tempo deu lugar a Ademílson, que pouco acrescentou. Luis Fabiano é um peso morto lá na frente.

*** O Atlético Nacional voltou a mostrar boa organização tática e muita aplicação. Contudo não teve qualidade para surpreender o adversário. O meia Cárdenas e o atacante Duque foram os melhores.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Quarteto de ferro paulista tem indefinições no comando técnico para 2014

2013 está perto do fim e os grandes paulistas ainda não definiram seus comandantes para a próxima temporada. O são paulino Muricy Ramalho, o corintiano Tite, o santista Claudinei Oliveira e o palmeirense Gilson Kleina têm contrato apenas até 31 de dezembro de 2013 e ainda não sabem se terão os vínculos prorrogados. Muricy Ramalho talvez seja o único do quarteto de ferro que esteja com a situação mais encaminhada. Há o desejo da duas partes para a permanência. Muricy tem história no Morumbi. É um dos treinadores mais vitoriosos do clube e conta com enorme simpatia do torcedor. Com ele na próxima temporada, o Tricolor entra como favorito em todas as competições que for disputar.

                                              crédito foto: Paulo Pinto/saopaulofc.net

Há pouco mais de três anos no Corinthians, onde conquistou quase todos os títulos possíveis, o técnico Tite sente os efeitos do longo período e provavelmente não ficará no Parque São Jorge em 2014. A má campanha do Timão no Campeonato Brasileiro deve encerrar o casamento mais longo da elite do futebol brasileiro. Penso que o fim da relação seria positivo para ambas as partes. Em setembro falei a respeito disso no blog. Mano Menezes, que treinou o Timão de 2008 a 2010, é nome forte para assumir a vaga.

                                             crédito foto: Divulgação

Vindo do time Sub-20, Claudinei Oliveira assumiu interinamente o profissional do Santos na segunda rodada do Campeonato Brasileiro e não demorou a ser efetivado no cargo. No entanto, o time sofreu oscilação nessa reta final da temporada e alguns membros da diretoria e do Conselho Gestor defendem a contratação de um treinador mais experiente. O argentino Ricardo Gareca, do Vélez Sarsfield, Gilson Kleina, do Palmeiras e Dorival Júnior, atualmente desempregado, podem pintar no próximo ano. Esse último já treinou o Santos em 2010, tendo conquistado os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Acabou sendo demitido após afastar o craque Neymar do time.

                                              crédito foto: divulgação Santos FC

Claudinei não tem culpa pela fraca campanha do Santos no Campeonato Brasileiro. O time tem limites técnicos evidentes principalmente no setor ofensivo. Depender de Éverton Costa e Willian José é dose.

Gilson Kleina ficou marcado como o treinador que caiu com o Palmeiras para a série B e que reconduziu o time à elite com um trabalho competente. No entanto os insucessos em torneios mata-mata em 2013 (quedas na semifinal do Campeonato Paulista, nas oitavas de finais da Copa Libertadores e da Copa do Brasil) devem fazer com que a diretoria opte pela vinda de um técnico mais renomado no ano do centenário. Mesmo com o acesso à elite garantido com bastante antecedência, ninguém procurou Gilson Kleina para tratar a renovação contratual.

                                            crédito foto: Ferdinando Ramos/AE
                                       
Devido a falta de opções convincentes no mercado, penso que a diretoria palmeirense deveria prorrogar o contrato de Kleina, que conta com o respaldo dos atletas. Isso deveria ser levado em conta pelos cartolas. O nome de Vanderlei Luxemburgo foi cogitado para assumir o time a partir de 2014. Para sorte dos palmeirenses, o diretor executivo, José Carlos Brunoro, descartou o retorno do treinador Vanderlei Luxemburgo, que há algum tempo acumula fracassos pelos times por onde passa.